CLÁUDIA ROMARIZ
Além de pesquisar a lembrança espontânea de marcas na memória do consumidor apucaranense, a pesquisa Top de Marcas mapeia comportamentos e hábitos de consumo. A decisão de comprar pela Internet em 2021 quase dobrou em dois anos. Em 2019, 39,6% dos moradores de Apucarana disseram utilizar os meios digitais para a aquisição de produtos. Neste ano, 71% dos entrevistadores afirmaram que já realizam suas compras pelos meios on-line.
Os canais digitais de maior relevância na decisão de compra, segundo a pesquisa, foram o Instagram com 27,3% seguido pelo Google com 25,3% e Facebook com 13,5%. A Pandemia de Covid-19 iniciada em 2020 acelerou o avanço do digital e ampliou as experiências de consumo pela Internet. Com mais tempo em casa, os consumidores começaram a pesquisar e a se interessar por itens diversos, tanto para melhorar praticidade e o conforto nos espaços da casa quanto para aproveitar ofertas e inovações que surgem o tempo todo.
Os conteúdos divulgados pelas marcas passaram a ser mais relevantes para atrair a atenção dos consumidores. Primeiro porque o fluxo de mensagens aumentou e segundo porque as pessoas começaram a valorizar as empresas que estavam efetivamente contribuindo com a sociedade para ajudar a amenizar a crise sanitária que estagnou tantos segmentos da economia e exigiu a reinvenção de muitos negócios. Além disso, as ações de apoio às instituições de saúde e ajudas voluntárias das empresas receberam muito mais atenção das pessoas, sensíveis às soluções para esta fase de transformação da humanidade.
Propósito e coerência definem interesse dos consumidores
Não é mais o business que importa, a inovação e a expansão dos negócios e sim saber como o meio empresarial está de verdade contribuindo com a transformação da sociedade. A pandemia ampliou o olhar das pessoas para selecionar com quem queremos conviver, de acordo com os nossos princípios, e exigiu das marcas um posicionamento sobre como estão direcionando esforços e investimentos para contribuir com o momento atual e futuro.
Nunca antes o propósito e a coerência entre o falar e o fazer foram tão relevantes. E os meios digitais passaram a ser protagonistas deste envolvimento, assumindo uma importância mais do que significativa de conexão para que os relacionamentos entre as pessoas continuassem a acontecer. Foi nesse cenário que as sugestões de vendas pelo comércio on-line só cresceram.
O que muitos chamaram de “o novo normal” transformou os hábitos de todos os cidadãos, independentemente da idade ou da experiência com tecnologias nos meios digitais. Todos foram aprendendo a se conectar por som, vídeo, mensagens, pesquisas e compartilhamentos para experimentar as muitas experiências que a Internet possibilita. E tudo isso só vai crescer, o que mostra às empresas que o caminho para ampliar relacionamentos tem tudo a ver com a geração de conteúdos relevantes nos canais digitais.
Mas para ter o que contar e não ser mais um, as empresas precisam entender para que existem e planejar ações consistentes que envolvam colaboradores e públicos de relacionamento para ganharem relevância na mente dos consumidores e a consequente rentabilidade dos negócios. Sem a interface sincera e coerente estabelecida pela comunicação, as marcas não avançarão e encontrarão cada vez mais competidores e cada vez menos consumidores.
Outros meios que influenciam a decisão de consumo
Perguntados sobre todos os meios que influenciam a decisão de compra, os entrevistados apontaram, além do Instagram, Google e Facebook, respectivamente primeiro (27,3%), segundo (25,3%) e terceiro (13,5%) lugares, a Televisão na quarta colocação com o índice de 12%, seguido da News Letter on-line com 9,8% de citação. A publicidade no local de venda alcançou 9,5%, indicação 6,8%, e-commerce 6,5%, rádio 6,5%, panfleto 4,8%, outdoor 2,3%. Um total de 13,8% citou outros meios de comunicação. Na avaliação geral, os meios digitais somaram 82,3%.